LONGEVIDADE DAS ÁRVORES
A
respeito da longevidade das árvores, existem
espécies nativas que não duram
muito, e em geral morrem naturalmente após alguns anos, como Embaúbas,
Guapuruvus, e outras plantas pioneiras, ou seja, as primeiras a ocupar um
terreno limpo.
Outras
praticamente não morrem de velhice, sobrevivendo centenas ou milhares de anos,
desde que tenham o ambiente propício, como Jequitibás e Sapucaias. Normalmente
este tipo de arvore morre por efeito de raios, queimadas, vandalismo ou
tempestades. Ver no final links de opiniões a respeito.
Recentemente foram descobertas novas árvores gigantescas em região inesplorada do Amapá (Angelim vermelho - Dinizia excelsa) com mais de 80 m de altura, sendo então as mais altas do Brasil (ver texto).
Existe
um consenso de que árvores em florestas tropicais tem um desenvolvimento mais rápido,
porém longevidade menor do que as das florestas temperadas do hemisfério
norte, notadamente as sequoias (ver no final).
A
grande maioria, que é intermediária destes dois extremos, e que está no
ambiente natural de matas, na maioria das vezes morre por algum tipo de agressão,
que podemos citar, entre outras:
-
Originários
da ação do homem:
Queimadas,
derrubada da mata, eliminação de vetores animais de reprodução, eliminação
de espécies vegetais vizinhas que apoiam o crescimento, fornecendo sombra ou
mantendo a umidade, ou aumento de predadores como formigas, que aumentam devido
ao desequilíbrio ambiental, ou erosão como consequência do próprio
desmatamento.
-
Originários
da própria natureza:
Plantas
concorrentes pelo espaço, luz ou umidade, que sufocam as mais fracas. Ação de
raios que atingem as mais altas, ou incêndios provocados pelos mesmos. Erosão
ou inundação naturais. Ação de
insetos ou pragas que atuam como vetor de seleção natural, eliminando as mais
fracas.
Não
existe, pelo que eu sei, um estudo sobre a longevidade das árvores em estado
natural, mesmo porque seria muito difícil coletar dados, já que as espécies
que estão no espaço natural delas, na mata, portanto isentas da agressão
vinda do homem, estão em condições difíceis de monitorar e até de idade um
pouco imprecisa. O que existem são estudos específicos sobre algumas
espécies, notadamente no hemisfério norte, como citado no final. Além disto,
acredito que mesmo em estado natural a maioria das que morrem seja por agressão
do ambiente, e não por característica da espécie.
Outro
fato constatado é que uma espécie nativa plantada em espaço urbano dura muito
menos do que no seu ambiente natural, pois é agredida pela poluição, pelas
construções, por condições climáticas e de irrigação não naturais, etc.
Observa-se
inclusive a este respeito, que as árvores em ambiente urbano normalmente
florescem mais vezes por ano e mais intensamente do que aquelas que estão nas
matas, justamente sinalizando perigo ou agressão. Todo vegetal, quando percebe
risco para sua existência, direciona mais energia para a reprodução (Flores,
frutos) do que para o crescimento.
Textos
anexos e Links
a respeito do assunto (alguns estão compactados em zip):
*
Reportagem
antiga do jornal Estado de São Paulo muito informativa a respeito do assunto.
* Artigo em site evangélico. Se por um lado mistura ciência e fé, por outro contem boas informações científicas (Download)
*
Site
americano sobre a Dendrocronologia, determinação da idade das árvores:
* Pequeno folheto do IBAMA "Arvores gigantescas da terra e as maiores assinaladas no Brasil" (Download)
Pinus longaeva e Pinus aristata – O ser vivo mais antigo do planeta
São espécies de coníferas consideradas os mais antigos seres vivos do planeta. A idade estimada para os indivíduos mais velhos é de 5000 anos.
Esta questão de calcular a idade das plantas é bastante polêmica, e existem textos contraditórios na Internet. Estou citando a posição que achei mais coerente. Vendo os textos anexo pode-se ter uma visão bastante abrangente do assunto. O importante é filtrar as informações. Só um exemplo: As Árvores tropicais não podem ser comparadas a árvores de clima temperado, estas sobrevivem a muito mais tempo.
A ciência os estuda hoje na especialidade denominada Hormese, principio que considera que ambientes agressivos na dosagem certa podem ser benéficos para a vida. (Download)
Na região onde existem os Pinus longeva (Montanhas rochosas da Califórnia e Utah) as condições de vida vegetal são extremamente adversas: Solo árido, clima seco e temperaturas variando entre extremamente frio e extremamente quente.
Veja links com foto e texto sobre estas espécies no Google:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pinus_longaeva
Já nesta reportagem da Revista Galileu cita uma Pinea norueguesa como sendo a árvore mais antiga, com 9.500 anos.